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No dia 20 de maio é comemorado o Dia Nacional do Medicamento Genérico. A data destaca o papel fundamental dessa alternativa segura, econômica e eficaz na promoção do acesso à saúde no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, hoje, 90% das doenças conhecidas podem ser tratadas com genéricos.
De acordo com um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), com base em indicadores do IQVIA (um instituto global especializado no monitoramento do setor farmacêutico), os medicamentos genéricos registraram um crescimento de 7,04% nas vendas em 2025, totalizando 553 milhões de unidades comercializadas no primeiro trimestre. No mesmo período de 2024, as vendas foram de 517 milhões.
A instituição também destaca que os medicamentos genéricos representam mais de 38,96% em categorias de remédios voltados para o tratamento de doenças crônicas, como hipertensão e colesterol, além de enfermidades do sistema nervoso central, como os transtornos de ansiedade. Em 2022, o Brasil contava com 88 laboratórios fabricantes de genéricos, de acordo com a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
O presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, destaca a importância do fortalecimento da indústria de medicamentos genéricos no Brasil. “O acesso a medicamentos é um desdobramento direto do direito fundamental à saúde. A expansão dos genéricos permite que esse direito seja exercido de forma mais concreta e igualitária, especialmente entre as camadas mais vulneráveis da população”, afirma.
O especialista em Direito Médico também reforça a articulação entre a política de genéricos e o programa Farmácia Popular. Ele afirma que tem sido um instrumento jurídico e social fundamental na promoção da equidade no tratamento medicamentoso dos cidadãos. “Hoje, cerca de 85% dos medicamentos distribuídos pelo Farmácia Popular são genéricos — e isso é o que garante que milhões de brasileiros tenham acesso a tratamentos contínuos, principalmente para doenças crônicas como hipertensão, diabetes e asma”, completou.
